As Resoluções 494-498 do BACEN não são um convite, são um ultimato. Maio de 2026 é logo ali.
O calendário marca setembro de 2025. O Banco Central do Brasil (BACEN) publica as Resoluções BCB nº 494 a 498. Para empresas que operam no Sistema Financeiro Nacional (SFN) e no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), estas não são apenas mais algumas páginas de regulamentação. São um ultimato. Um sinal de que a tolerância a vulnerabilidades foi zerada e que a cibersegurança, especialmente na Gestão de Acessos Privilegiados (PAM), deixou de ser uma disciplina técnica para se tornar um pilar da estratégia de negócio e, mais criticamente, da licença para operar.
O relógio, agora, aponta para maio de 2026. E se sua instituição ainda não elevou o PAM ao topo das suas prioridades, o atraso pode custar não apenas multas, mas a capacidade de competir, a confiança do seu cliente e, em última instância, a própria continuidade. Não estamos aqui para fazer um diagnóstico superficial; viemos para provocar uma reflexão sobre a real exposição ao risco que a ausência de um PAM robusto representa para o seu balanço.
E quando usamos a sigla “PAM”, não estamos apenas nos referindo ao cofre de senhas. A Gestão de Acessos Privilegiados é composta por um conjunto de controles que protegem, monitoram e governam o uso de contas e acessos privilegiados em ambientes tecnológicos de forma ampla. O cofre de credenciais (vault) é um elemento chave, claro; assim como também é a elevação e delegação de privilégios, o controle de sessões privilegiadas com gravação e auditoria, a automação de rotação de senhas e chaves, os acessos just-in-time (JIT) a workloads de nuvem, e a integração com identidade e políticas de zero trust. Tudo isso reduz a superfície de ataque e garante a rastreabilidade de ações privilegiadas de usuários de todos os tipos, sejam os administradores propriamente ditos, usuários de negócio e/ou terceiros.
Privilégios no SFN: O Caminho Mais Curto para a Ruína Financeira
No dinâmico mercado financeiro, onde transações são instantâneas e o volume de dados sensíveis é exponencial, o acesso privilegiado é a chave-mestra para os cofres digitais, para os sistemas que processam bilhões diariamente, para a infraestrutura que sustenta o Pix, Open Finance e todas as demais inovações que moldam o setor.
Pense nos headlines que assombram nossos noticiários: fraudes com Pix, vazamentos de dados de clientes, interrupções de sistemas críticos. Na grande maioria desses cenários, a raiz do problema remete ao controle inadequado de acessos privilegiados. Um atacante não precisa de um exército; ele precisa de uma credencial privilegiada comprometida ou mal gerida. Com ela, pode escalar privilégios, exfiltrar dados, desviar fundos ou paralisar operações, um cenário que se traduz diretamente em:
- Perdas financeiras diretas: Fraudes, desvios de transações.
- Custos de remediação: Desde a contenção do incidente até a recuperação de sistemas e dados.
- Dano reputacional: A perda da confiança do cliente é um passivo intangível, mas fatal para qualquer instituição financeira.
- Multas regulatórias: O BACEN não perdoará a negligência.
As novas resoluções do BACEN, portanto, não são um capricho. Elas são a formalização de um risco sistêmico que já nos custa muito caro.
As Resoluções do BACEN e a necessidade de PAM
Embora as palavras “Gestão de Acessos Privilegiados” possam não aparecer em cada artigo das novas resoluções, a intenção é inegável. O BACEN está exigindo que as instituições financeiras e seus prestadores de serviços de tecnologia (PSTIs) blindem suas operações contra as ameaças mais sofisticadas, e isso, por definição, passa pela proteção dos privilégios.
- Resolução BCB nº 498/2025 – O Veredito para PSTIs: Esta é, talvez, a mais explícita. A exigência de capital social de R$ 15 milhões, diretores com “comprovada competência técnica” em segurança e auditorias externas independentes anuais não visa apenas a saúde financeira de um PSTI. Visa garantir que esses elos críticos da cadeia de valor do SFN tenham a estrutura e a disciplina para proteger os sistemas e dados mais sensíveis. Como um diretor pode atestar a segurança sem visibilidade total sobre quem acessa o quê em seu ambiente? O PAM é a ferramenta que oferece essa comprovação irrefutável.
- Resoluções BCB nº 496 e 497/2025 – Blindando as Transações: Os limites de R$ 15 mil para Pix e TEDs via PSTIs, ainda que com exceções, refletem uma preocupação palpável com transações de alto valor. Não é sobre o valor em si, mas sobre os vetores de ataque que permitem desvios nesses pagamentos. O PAM atua na raiz, protegendo as identidades e os sistemas que orquestram essas transações, impedindo que o privilégio seja usado como um atalho para a fraude.
- Governança e Responsabilidade: O BACEN não quer apenas políticas no papel. Quer a garantia de que a cibersegurança está embutida na cultura e nos processos, com responsabilidades claras do C-Level. Um sistema PAM fornece a transparência e a auditabilidade necessárias para que esses executivos possam exercer sua governança e prestar contas com confiança.
Em essência, o BACEN está dizendo: “Prove-me que você está no controle dos seus ativos mais sensíveis”. E a resposta para essa prova, na maioria dos casos, reside na maturidade da sua gestão de acessos privilegiados.
Maio de 2026: Seu Último Chamado para a Ação Estratégica
O prazo de maio de 2026 não é um horizonte distante para um projeto comum. É o limite para uma transformação crítica que exigirá não apenas tecnologia, mas reengenharia de processos e uma mudança cultural. Instituições que esperarem o último minuto para endereçar o PAM estarão em desvantagem operacional e sob risco regulatório elevado.
O custo da inação é alto: multas, interrupção de operações, perda de credibilidade junto ao regulador e, o mais doloroso, a perda da confiança dos seus clientes. Em um mercado onde a competição é acirrada e a diferenciação é complexa, a segurança e a resiliência operacional se tornam um diferencial competitivo.
PAM: Não Apenas Conformidade, Mas Vantagem Competitiva no SFN
A implementação de uma solução de PAM é um investimento estratégico que protege os resultados e a reputação do seu negócio no mercado financeiro. É aqui que parcerias com especialistas em segurança, aliadas a tecnologias de ponta, tornam-se indispensáveis.
As soluções de Gestão de Acessos Privilegiados (PAM) da BeyondTrust se destacam como uma resposta direta e completa aos desafios impostos pelo BACEN. Elas são projetadas para:
- Mitigar Fraudes: Controlando estritamente os pontos de acesso que cibercriminosos exploram para movimentar fundos e dados.
- Proteger Ativos Críticos: Blindando a infraestrutura que sustenta as operações financeiras 24×7.
- Garantir a Auditoria Perfeita: Oferecendo registros inquestionáveis de todas as atividades privilegiadas, essenciais para as auditorias do BACEN.
- Reduzir a Superfície de Ataque: Implementando o princípio do menor privilégio e o acesso just-in-time, minimizando o risco de comprometimento de credenciais em um ambiente financeiro volátil.
- Fortalecer a Governança: Capacitando sua liderança a ter controle e visibilidade sobre os riscos mais sensíveis.
Não se trata de apenas “instalar um software”. Trata-se de adotar uma plataforma que integra segurança, governança e resiliência operacional, permitindo que sua instituição não só cumpra as exigências do BACEN, mas prospere com segurança em um cenário de ameaças em constante evolução.
A Decisão É Sua. O Custo da Demora Também.
Maio de 2026 não é um prazo para iniciar a discussão. É a data limite para estar em plena conformidade. As instituições financeiras que se anteciparem, investindo em soluções de PAM de ponta, estarão não apenas seguras do ponto de vista regulatório, mas fortalecidas estrategicamente.
Nós, da Scunna, entendemos a complexidade e a urgência deste cenário. Com a expertise de um Cyber Defense Center (CDC) que opera como um Fusion Center, e a parceria com líderes como a BeyondTrust, estamos prontos para guiar sua instituição nessa jornada, transformando o desafio regulatório em um pilar de excelência e vantagem competitiva. O ultimato foi dado. A resposta de sua instituição definirá seu futuro no SFN.