A pior ameaça de cibersegurança hoje não é a que você não vê. É a que você normalizou. A que se tornou parte da paisagem do dia a dia.
Lembre-se de 2020. A pandemia, essa espécie de “reset” compulsório, não apenas normalizou o trabalho híbrido; ela pulverizou o que restava da ilusão de um perímetro seguro.
Pois bem, já se passaram mais de cinco anos. O trabalho híbrido é o novo business as usual. E, paradoxalmente, a discussão sobre a fragilidade da casa inteligente, do carro conectado do diretor e do smart speaker na sala de estar, não desapareceu; ela apenas se tornou normal.
O verdadeiro risco agora é a fadiga da segurança: acreditar que o problema está resolvido só porque ele deixou de ser novidade.
Sua Vida Pessoal Virou Ativo de Risco
Você já pensou na ironia de um sistema de segurança de US$ 5 milhões ser burlado porque seu Gerente de Operações esqueceu de atualizar o firmware da câmera de segurança do quarto do bebê?
É chocante, mas é a realidade da Movimentação Lateral. O atacante não mira no seu servidor de alto desempenho. Ele mira no elo mais fraco da rede doméstica, o dispositivo IoT barato, esquecido e sem senha que está no mesmo Wi-Fi que o notebook corporativo.
A verdade é que a segurança de uma empresa não é mais determinada apenas pelos controles implementados, mas pelas vulnerabilidades inerentes ao cotidiano digital dos seus colaboradores.
O erro de 2020 foi tratar a segurança doméstica como um adendo. A estratégia de 2025+ é integrá-la à arquitetura principal da empresa.
Não podemos mais nos dar ao luxo de ter uma segurança forte para a organização e uma segurança “faça você mesmo” para seus colaboradores.
O que nos preocupa na Scunna é a normalização desse risco. Viver no modo híbrido não é mais novidade. No entanto, o nível de alerta parece ter caído.
Muitos líderes acreditam que:
- “Nossos EDRs resolvem isso.” Falso. O EDR protege o endpoint. Ele não controla a saúde da rede de banda larga doméstica, nem o ecossistema de dispositivos pessoais que o endpoint enxerga.
- “Instalamos MFA, estamos seguros.” Falso. O MFA é essencial, mas se o endpoint já está comprometido e o token é capturado em tempo real (via ataques Man-in-the-Middle sofisticados), a MFA falha.
O que fazer, então, quando o seu dia a dia é, inegavelmente, um vetor de ataque?
Para sobreviver nesse campo de batalha, precisamos de mais do que firewalls e antivírus. Precisamos de uma mentalidade de guerra contra a exposição contínua:
- Extended Detection and Response (XDR): o SOC tradicional não foi feito para enxergar o que acontece na sala de estar do colaborador. O XDR é a extensão neural. Ele correlaciona eventos de endpoints que estão em casa, redes que se estendem à nuvem e até identidades que navegam em múltiplas plataformas. Ele transforma milhões de bits de dados espalhados em uma história coesa sobre quem está tentando o quê, onde e como. O Scunna Cyber Defense Center (CDC), operando como um SOC de próxima geração, integra essas capacidades XDR para fornecer a visibilidade unificada e o contexto acionável que são cruciais.
- Gestão Contínua de Exposição a Ameaças (CTEM): o CTEM não é uma auditoria anual; é um processo que identifica, avalia e mitiga vulnerabilidades em tempo real, incluindo aquelas que nascem nos cantos mais inesperados do seu “perímetro pessoal”. É entender o risco real que aquele dispositivo IoT na casa de um executivo representa para a sua organização agora.
- Privileged Access Management (PAM): Quando o ambiente de acesso é tão heterogêneo, proteger as contas mais sensíveis se torna vital. O PAM garante que, mesmo que um laptop corporativo em casa seja comprometido, o acesso privilegiado a sistemas críticos esteja protegido, com sessões monitoradas e limitadas ao estritamente necessário. É um controle essencial para conter o “blast radius” de um ataque que se inicia em um ambiente menos seguro.
- Zero Trust: Chega de confiar em qualquer um ou qualquer coisa. Todo acesso, de qualquer lugar, por qualquer dispositivo, a qualquer recurso, deve ser verificado e autenticado. É a única forma de garantir que, mesmo que o dispositivo doméstico esteja comprometido, o acesso à informação crítica seja contido.
No final das contas, nenhuma tecnologia sozinha fechará todas as brechas. A segurança cibernética deixou de ser um problema técnico exclusivo para se tornar um imperativo cultural e estratégico. Você precisa que seus colaboradores entendam que a segurança da empresa começa com a segurança da sua própria casa digital. E você, como líder, precisa entender que seu papel não é mais apenas proteger ativos físicos, mas gerenciar um ecossistema complexo e distribuído, onde cada ponto de contato é um potencial vetor.
A Scunna não está aqui para vender ferramentas; estamos aqui para redefinir a sua percepção de segurança. Para mostrar que, em um mundo onde o perímetro é a sua vida, a expertise e a visão crítica de um Cyber Defense Center (CDC) de próxima geração, um verdadeiro Fusion Center, não são apenas um diferencial, mas a única forma de garantir a resiliência contínua do seu negócio.
Sua empresa está protegida, ou está apenas esperando pelo ataque que começa em um dispositivo que você mesmo comprou?