O trabalho remoto (ou home office) é um fenômeno que vinha, há anos e paulatinamente, se tornando realidade em mais e mais empresas. Modelos de trabalho flexíveis já eram entendidos como vantajosos, numa relação ganha-ganha para as organizações e para os colaboradores.
Soma-se a isto o advento do BYOD (Bring Your Own Device), que passou a ser pauta nas empresas e desejo de muitos nesta última década. Inicialmente o BYOD surgiu como uma demanda mais voltada ao uso de smartphones (e tablets) pessoais, uma vez que muitas pessoas não querem o desconforto de carregar dois telefones; ou porque muitas vezes o modelo de aparelho disponibilizado pela empresa não é o da preferência do usuário. Posteriormente o BYOD evoluiu para demandas de uso de laptops pessoais em atividades do trabalho, muitas vezes também motivado por preferências do colaborador (exemplo: pessoas que preferem MacBooks) e/ou por programadores que possuem seus ambientes de desenvolvimento customizados.
Tanto a prática do home office quando o uso de BYOD, de forma isolada, já trazem riscos relevantes se segurança cibernética e de vazamentos de dados. Crises de grandes proporções (como a Greve dos Caminhoneiros em 2018) ou crises de proporções globais (como a pandemia do Covid-19) alavancaram a adoção do home office e do BYOD exponencialmente. E quando temos o cenário de home office e BYOD na mesma equação, os riscos são multiplicados.
